Rainha faz dois gols na final do Torneio Internacional da Cidade de São Paulo
Nem Marta deu jeito. Mesmo jogando bem e fazendo dois gols (um deles de placa), a Seleção Brasileira ficou no 2 a 2 com o Canadá, neste domingo à tarde no Pacaembu. Com o empate, a equipe norte-americana ficou com o título do Torneio Internacional Cidade de São Paulo de Futebol Feminino, pois fez melhor campanha na primeira fase. A competição, um quadrangular, teve ainda a Holanda em terceiro lugar e o México, em quarto. O Brasil saiu perdendo, Marta virou, mas Sinclair, num chute espetacular, empatou a partida, dando o título às canadenses.
Brasil aperta, e Canadá assusta
Um muro vermelho se armou à frente do gol de entrada do Pacaembu. Por mais que as meninas da Seleção Brasileira tentassem, era muito difícil transpor a barreira, formada por duas linhas, a primeira, mais perto do gol, de quatro. A segunda, com cinco jogadoras. No início, havia o ímpeto de buscar o resultado, tentando de algum jeito, se aproximar do gol. Marta dava dribles, aparecia para receber passes, ia à linha de fundo, acertava cruzamentos. No entanto, não parecia ninguém, nenhum pezinho sequer, para empurrar a bola para o gol. Tanto que, a não ser por causa de um chute de Rosana, a goleira Labbe não fez nenhuma grande defesa.
Aos poucos, a longa temporada começou a cobrar seu preço. As brasileiras já não tinha mais tanta força nas divididas e nas corridas. Marta, exaurida e isolada (Gabriela e Thaizinha tinham dificuldades para trocar passes com a Rainha), chegou a desabar no chão após perder uma dividida para uma zagueira adversária.
A seleção canandense começou a ganhar campo, explorando sobretudo o lado direito da defesa brasileira, que começava a bater cabeça. Aos 43, numa escapa pela esquerda, Sinclair bancou a ponta e cruzou para a baixinha Belanger, que se antecipou à zaga e desviou de cabeça, abrindo o placar.
Marta brilha, mas não resolve
O Canadá voltou para o segundo tempo a fim de resolver a partida. Foi para cima e assustou a goleira Andreia em duas cabeçadas logo no início da etapa final. Mas aí apareceu a craque. Marta, eleita melhor jogadora do mundo por quatro anos consecutivos (concorre ao quinto prêmio em janeiro), virou o jogo em dois lances individuais.
Aos 9 minutos, ela recebeu a bola pela meia esquerda, livrou-se de sua marcadora jogando a bola para um lado e pegando do outro, e, na saída da goleira Labbe, deu um leve toque para empatar a partida. Um golaço! Os 17.264 torcedores que pagaram ingresso para ver a partida passaram a gritar o nome da Rainha do Futebol. Ela não deixou por menos. Aos 26, em outra arrancada pela esquerda, foi à linha de fundo e cruzou para Danielle, que pegou de primeira. A bola bateu na mão de Maire Eve Nault. Pênalti. A canadense, que já tinha amarelo, foi expulsa. Marta bateu no canto direito. Labbe chegou a encostar na bola, mas não o suficiente para o desvio.
Parecia que tudo daria errado para a Seleção Brasileira. E deu. Após a virada brasileira, o Canadá se lançou para o ataque, deixando até vários espaços para a equipe canarinho contra-atacar. Faltavam às brasileiras, porém, acerto no passe. Numa escapada pela direita, Sinclair arriscou um chute improvável, da ponta direita, de pé esquerdo. Numa posição em que geralmente jogadores e jogadoras optam pelo cruzamento, ela bateu forte. A bola viajou, bateu na trave direita de Andreia e morreu na rede.
O esforço das brasileiras foi reconhecido pela torcida, que aplaudiu a equipe.
Fonte: GloboEsporte.com
Por Joulle
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