Atacante rebate acusações de torcedores, mas vê rendimento cair desde proposta do Flamengo. Permanência em 2012 ainda é incógnita
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Kleber |
A chuva de moedas após o empate por 1 a 1 com o Avaí, na Ressacada, foi a gota d’água para Kleber. Chateado há tempos com problemas internos no Palmeiras, o atacante se desmotivou com os gritos de “mercenário” entoados por uma torcida organizada do Verdão presente em Florianópolis. As críticas ficaram marcadas na memória do jogador, que prontamente rejeitou o rótulo colocado pelos críticos. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, no Canindé, Kleber não se conteve.
- É difícil digerir algumas coisas. Tive problemas e tenho até hoje. Em alguns momentos deixei me abater, é até normal uma queda de rendimento se a cada dia tem uma pressão, uma bomba... Ninguém sabe o esforço que fiz para jogar no Palmeiras, isso de jogarem moedas me deixou chocado. Eu sou o mercenário mais burro da história, já que não ganhei aumento, não fui vendido e sempre falei que não queria sair – desabafou o atacante.
O rendimento de Kleber caiu depois da divulgação de uma ótima proposta do Flamengo, que buscava um centroavante para fazer companhia a Ronaldinho Gaúcho no ataque. O clube carioca oferecia maior salário e estava disposto a pagar caro para ter o atacante. O Palmeiras recusou prontamente a oferta, mas o Gladiador ficou balançado. Depois daquela polêmica ele só fez um gol pelo Verdão – na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em jogo válido pela Copa Sul-Americana. As polêmicas que envolveram o atacante desde então afetaram seu desempenho. A torcida percebeu, e começou a pegar no pé.
- Isso tudo vem atrapalhando, é claro, mas eu avisei que seria um Kleber diferente. Contra o Avaí lutamos, tivemos um empate heroico, e agora uma vitória. Quero, no mínimo, a vaga na Libertadores – avisou.
O presidente Arnaldo Tirone prometeu discutir um reajuste salarial ao fim da temporada, mas as conversas ainda não passaram de sondagens. Kleber, agora, não quer mais pensar no futuro. Sua permanência para a próxima temporada é incerta, já que a expectativa é de que antigos interessados em seu futebol voltem à carga – caso do próprio Flamengo.
- Não penso em nada, penso só nos 13 jogos que temos até o final do ano. Quando chegar em janeiro é outra história. Acho que ninguém aqui está garantido. O time vai mal, e em time que vai muito mal é normal que tenha modificações. Sempre tem mudança no ano seguinte. Mas penso no hoje, tem 13 rodadas pela frente e penso no mínimo em Libertadores. Em janeiro a gente vê o que é melhor para o Palmeiras – disse o Gladiador.
Fonte: GloboEsporte.com
Por Joulle