Equipe gaúcha leva 2 a 0 do time da República Democrática do Congo e cai na semi do Mundial
SÃO PAULO - O Internacional viveu nesta terça-feira uma das maiores decepções da história do clube. De forma surpreendente, a equipe foi eliminada na semifinal do Mundial de Clubes ao perder por 2 a 0 para o Mazembe, da República Democrática do Congo. Resta agora ao time gaúcho amargar no próximo sábado a disputa pelo terceiro lugar da competição realizada em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, diante do perdedor do confronto desta quarta-feira entre Inter de Milão (Itália) e Seongnam (Coreia do Sul).
Já o Mazembe faz história ao se tornar o primeiro time fora do eixo América do Sul-Europa a disputar uma final de Mundial. O campeão africano terá a chance de conquistar, também no sábado, o título mais importante entre clubes do planeta.
No elenco do Inter, a frustração certamente é enorme. Afinal, além de desperdiçar a chance de faturar o bicampeonato (foi campeão em 2006), a equipe passa o vexame de ser eliminada por um adversário praticamente desconhecido no cenário internacional. Pela torcida, a classificação era dada como certa e todos já esperavam a decisão diante da Inter de Milão, vencedora da Liga dos Campeões da Europa 2009/10.
E o confronto desta terça foi todo decidido no segundo tempo, após uma partida truncada na etapa inicial. A equipe congolense abriu o marcador aos 7 minutos, em um belo gol de Kabangu, que dominou dentro da área e chutou colocado, sem chances de defesa para o goleiro Renan.
Depois disso, o Inter pressionou, mas esbarrou na boa atuação do irreverente goleiro Kidiaba. E o golpe fatal veio aos 40 minutos, quando Kaluyituka dominou na entrada da área e chutou forte no canto, para fechar o placar no Estádio Mohammed bin Zayed.
Tristeza. A derrota na estreia do Mundial 2010 deixou visivelmente decepcionados os torcedores colorados que encararam uma longa viagem para estarem presentes em Abu Dabi. Já os africanos fizeram muita festa, assim como já havia acontecido na primeira partida da equipe no torneio, quando nas quartas de final o Mazembe passou pelo Pachuca, do México, por 1 a 0.
E a temporada 2010 até então parecia perfeita para o Internacional. Mesmo com a troca de técnico na reta final da Copa Libertadores (antes da semifinal, o uruguaio Jorge Fosatti foi substituído por Celso Roth), o clube brilhou e passou por São Paulo e Chivas (México) para repetir o feito de 2006 e levantar o troféu continental pela segunda vez na história.
Depois, já com a cabeça no Mundial, fez campanha razoável no Campeonato Brasileiro e já sonhava com o confronto com a xará da Itália. Até no próprio elenco a confiança era grande. No início desta semana, Alecsandro havia dito que a equipe congolesa era "fraca na marcação".
E nesta terça-feira ele não foi o único a decepcionar - saiu irritado no segundo tempo após ser substituído por Leandro Damião. No ataque, Rafael Sóbis teve uma chance de gol e mais nada. No meio-de-campo, D'Alessandro foi apagado e a defesa, formada por Índio e Bolívar, deu muito espaços para as finalizações dos africanos.
Cabeça em 2011. Agora, resta ao Inter disputar o terceiro lugar, certamente sem muito interesse, e já pensar na próxima temporada, quando disputará novamente a Libertadores - além dos Campeonatos Gaúcho e Brasileiro.
A intenção da diretoria é manter o elenco forte e disputar todos os títulos, como tem acontecido nos últimos anos.
Internacional - 0 - Renan; Nei, Bolivar, Índio e Kléber; Wilson Matias, Guiñazú, Tinga (Giuliano) e D'Alessandro; Alecsandro (Leandro Damião) e Rafael Sóbis (Oscar); Técnico: Celso Roth
Mazembe - 2 - Kidiaba; Kimwaki, Kasusula , Nkulukuta e Ekanga; Mihayo, Bedi, Kaluyituka e Kanda; Singuluma e Kabangu (Kanda); Técnico: Lamine N'Diaye
Gols: Kabangu, aos 7, e Kaluyituka, aos 40 minutos do segundo tempo
Árbitro: Bjong Kuipers (Holanda)
Local: Estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos)
Público: 22.131 pessoas
Árbitro: Bjong Kuipers (Holanda)
Local: Estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos)
Público: 22.131 pessoas
Fonte: Estadão.com
Por Joulle
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