segunda-feira, dezembro 06, 2010

A DESPEDIDA DOURADA DE JONATHAS SILVA

Goiânia - O velocista pernambucano Jonathas Silva voltou a brilhar na manhã desta segunda-feira, último dia das modalidades individuais nas Olimpíadas Escolares. Mesmo tendo que superar alguns imprevistos, ele confirmou o favoritismo e garantiu mais um ouro para a coleção pessoal, dessa vez nos 200 metros rasos, com o tempo de 21s95, logo à frente dos representantes do Paraná e Minas Gerais. No domingo, Jonathas já havia subido ao ponto mais alto do pódio nos 100 m, algo que ocorreu pelo terceiro ano consecutivo.
A vitória desta segunda assegurou o bi nos 200 m - campeão em 2008, ele ficou com a prata no ano passado – além disso, marcou a despedida do pernambucano das Olimpíadas Escolares, competição em que reinou absoluto nos três últimos anos, com um saldo impressionante de 5 ouros e uma prata nas seis provas individuais.
Ele ainda disputaria o revezamento medley nesta segunda, mas a equipe de Pernambuco, segunda colocada nas eliminatórias, não pôde disputar a final, pois um dos atletas passou mal momentos antes da prova.
Durante a corrida dos 200 m, Jonathas precisou superar dois imprevistos: uma dor na parte posterior da coxa que o incomodava desde o dia anterior e um tênis estourado. “Quando fiz a curva, ouvi o estalo e já sabia que o tênis tinha rasgado. Então hoje não teve muita técnica não, a vitória veio na base da força mesmo”, disse o atleta da escola Isaura de França, de Abreu e Lima.
Em 2011, aos 18 anos, ele não terá mais idade para competir a nível escolar. Integrante do projeto Atleta com Futuro, comandado pelo técnico Roberto Ribeiro, o homem que descobriu e fez da saltadora Keila Costa uma supercampeã, Jonathas sonha com a Olimpíada do Rio em 2016. No próximo ano, sua meta é passar ileso das contusões que prejudicaram a atual temporada e chegar bem nos Campeontos Pan-Americano e Sul-Americano.
Para isso, confia no trabalho desenvolvido ao lado do “véio”, como ele carinhosamente se refere a Roberto, mesmo diante de tanta dificuldade – o treino diário é feito numa pista de barro de apenas 50 metros em Abreu e Lima. Roberto, a quem o garoto considera um pai, é sempre uma fonte de inspiração. “Quando escuto aquele “xuuuuuuuuu” (tradicional grito do técnico) vindo da beira da pista, as pernas aceleram mais ainda. Já sinto saudade dessa competição, pois sei que fizemos um belo trabalho”, afirmou o garoto.
Fonte: Superesportes.com.br
Por Joulle

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