sábado, janeiro 22, 2011

SEM CARA DE MAU, CAPITÃO DA SUB-20 COLECIONA FÃ-CLUBES E SE INSPIRA EM LUGANO

No campo, cara fechada e gritos o tempo inteiro. Fora das quatro linhas, sorrisos fartos. É dessa forma que zagueiro Bruno Uvini, de 19 anos, não só ganhou espaço no grupo da seleção brasileira que disputa o Sul-Americano sub-20, como também ficou com a braçadeira de campeão. Apesar de estar despontando como uma boa promessa, o jogador faz sucesso mesmo é nas redes sociais, mais especificamente entre as mulheres.
Mesmo promovido aos profissionais no ano passado, o jogador, que nasceu em Capivari, no interior paulista, já coleciona um número razoável de fãs. E o Twitter foi a plataforma escolhida para os fã-clubes fazerem homenagens e mais homenagens. Entre as seguidoras entra até a mãe do atleta, que não demonstra ciúmes e aprova a tietagem, como afirma o zagueiro em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
“Quando junta com a minha mãe tudo é festa. Ela fica feliz, trocando fotos com as meninas, então acaba sendo bem legal”, diz o zagueiro, que mostra personalidade até ao não fugir das comparações com um dos grandes ídolos recentes do São Paulo, seu atual clube: o também defensor Diego Lugano.
“[A comparação acontece] até por ser do mesmo clube, pela aparência, pela raça em clube, então é legal. Tudo que for positivo a gente aceita, é bem-vindo e ajuda na nossa formação”.
Leia a entrevista exclusiva:
UOL Esporte: Como foi o seu início no futebol?
Bruno Uvini:
Comecei em Capivari, uma cidade pequena no interior de São Paulo, e meu pai fundou uma escolhinha por lá. Até por ser ex-atleta [o ex-goleiro Tuca], ele foi o cara que mais me deu conselhos e me ensinou coisas na vida. Aos 14 anos eu passei para o Pão de Açúcar Esporte Clube e, aos 16, me transferi para o São Paulo. Passei para os profissionais em 2010, já estreei e fui campeão da Copa São Paulo de futebol júnior.
UOL Esporte: E como você se transformou em um zagueiro?
Bruno Uvini:
Na verdade o pessoal vai mais pelo tamanho, pela característica. Você sempre quer começar como atacante, mas comigo foi do meio para trás, como volante, e depois zagueiro. A característica foi crescendo, fui me adaptando na zaga e no fim das contas deu certo jogar na zaga. É o que a característica manda, então virei zagueiro mesmo.
UOL Esporte: Mas para um zagueiro, você não chega a ter uma cara de mau, até comparado ao seu companheiro Juan...
Bruno Uvini:
No jogo tem de ser sério, não tem risadinha, mas fora de campo procuro sempre conversar, estar de bem com a vida e dar risadas. Dentro você esquece tudo isso, pois zagueiro não pode ter brincadeirinha, se possível fazer uma cara fechada, de mau, dar uma chegadinha para intimidar... Zagueiro tem de ser assim mesmo, é natural.
UOL Esporte: Mas essa cara de mau durante os jogos não impediu que você fizesse bastante sucesso com o público feminino...
Bruno Uvini:
[risos] A mulherada gosta de um cara mais bravo, mais sério, deve ser isso. Dá uma ajudada. É legal o carinho das meninas no Twitter, a gente acompanha bastante, tem alguns fã-clubes, então é bacana e dá uma energia legal.
UOL Esporte: E como é o seu relacionamento com as fãs pela internet?
Bruno Uvini:
Elas mandam vídeos, fazem fotos, declarações, e tudo isso é bem legal. A gente sabe que precisa dar atenção para as meninas, pois esse carinho é fundamental. Em São Paulo, no nosso CT, elas dão cartas, entregam presentes... É um reconhecimento, além do trabalho, da imagem.
UOL Esporte: Você se tornou profissional apenas no ano passado. Não ficou surpreso com todo esse assédio tão rápido?
Bruno Uvini:
Você precisa estar preparado para acontecer, pois nunca sabe o que vai vir. As coisas vão acontecendo na surpresa. Essas coisas de fãs aumentam, é muito mais do que nas categorias de base. Esse assédio é legal, mas tem de estar preparado, não deixar subir para a cabeça, e também curtir esse momento, pois é legal.
UOL Esporte: Como é o relacionamento com os seus pais?
Bruno Uvini:
Eu converso com meu pai e minha mãe todos os dias. Eles comentam e fazem brincadeirinhas pelas fãs. Minha mãe até interage bastante com elas, ficam trocando ideia, e eu saio como vítima da história [risos].
UOL Esporte: Sua mãe tem ciúmes do seu relacionamento com as fãs?
Bruno Uvini:
Quando junta com a minha mãe tudo é festa. Ela fica feliz, trocando fotos com as meninas, então acaba sendo bem legal.
UOL Esporte: Voltando ao futebol, você projeta conquistar um espaço na equipe do São Paulo com a saída do Mirando no meio do ano?
Bruno Uvini:
O pensamento agora é a seleção, fazer um bom trabalho aqui, pois todo mundo acompanha o trabalho no Brasil, então é bom passar uma imagem positiva. Acabando a seleção, meu foco será me firmar como titular, buscar títulos, fazer história e marcar meu nome no clube. Com a saída do Miranda vai abrir uma vaga, e estou à disposição do técnico Carpegiani. Se ele precisar, estarei preparado.
UOL Esporte: Você tem algum jogador em que se inspira especialmente?
Bruno Uvini:
Por conviver bastante, me espelho no Miranda e no Alex Silva, pois são grandes jogadores e com passagens pela seleção brasileira. Por conhecê-los no dia a dia, você sabe da qualidade e que são diferenciados. Eu tenho meus ídolos do futebol europeu, mas os dois, por estarem no São Paulo, sempre me dando dicas, são meu espelho.
UOL Esporte: O Diego Lugano também é seu espelho, já que, além do jeito de atuar, ele também se parece fisicamente com você?
Bruno Uvini:
[A comparação acontece] até pro ser do mesmo clube, pela aparência, pela raça em clube, então é legal. Tudo que for positivo a gente aceita, é bem-vindo e ajuda na nossa formação.
UOL Esporte: Você falou muito sobre imagem. Considera-se o jogador mais bonito dessa seleção brasileira?
Bruno Uvini:
[risos] Não, o que é isso, imagina. É só conferir... Tem uns [jogadores] com mais fã-clubes que eu. Eu estou por baixo, quietinho, vou só no sapatinho. Tenho meus negocinhos, algumas menininhas, mas sou muito mais tranquilo.
Fonte: UOL/Esporte.com
Por Joulle

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