Meia-atacante que tem mesmo apelido do ator de Hollywood se inspira em sucesso mais recente do ‘xará’ para derrubar o Flamengo na Copa do Brasil
Jackie Chan |
Na certidão de nascimento, Helderlan Mojosa Silva. No mundo do futebol, Jackie Chan. Com nome de ator de Hollywood, o meia-atacante do Horizonte ainda nem sabe se será titular diante do Flamengo, nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Engenhão, em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Mas já se tornou a estrela da comitiva cearense que desembarcou no Rio de Janeiro na última segunda-feira.
No embalo do astro chinês especialista em artes marciais, Jackie Chan aproveitou a fama repentina acarretada pelo apelido inusitado e encarou os microfones curiosos em solo carioca. A pergunta inevitável era sobre a origem do apelido. A resposta, porém, fugiu do óbvio. Ousado e bom de papo, ele disse que a fisionomia oriental não é a única justificativa.
- Quem colocou esse apelido foi o Junior Cearense (volante do Horizonte), em 2006. Acredito que tenha sido pela aparência, pelos olhinhos puxados, mas também pelo futebol. Acho que dá para comparar a agilidade com que o ator de Hollywood ataca seus oponentes, com velocidade e inteligência. É o que procuro fazer no futebol, envolvendo meus adversários na rapidez e na habilidade.
Aos 25 anos, Jackie Chan tem sua carreira pautada no futebol nordestino, quase toda no Ceará. De lá, onde defendeu Ferroviário e Guarani de Sobral antes de chegar ao Horizonte, só saiu para vestir a camisa do Atlético de Cajazeiras, na Paraíba. O sonho é o mesmo da imensa maioria dos companheiros de profissão: chegar ao estrelato e aos salários milionários. A inspiração, por sua vez, não está em Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Cristiano Ronaldo ou Messi, o que seria normal. Como quem veste a camisa, ele abraçou o apelido e segue os passos do ator chinês.
Se em campo não pode desferir golpes de kung fu, especialidade do “xará”, o meia-atacante cearense procurar tirar lições de seus filmes. E já tem até um exemplo a ser seguido diante do Flamengo.
- Acompanho e gosto muito dos filmes dele. As histórias são boas e, além disso, acho legal o fato de não ter dublê e fazer as próprias cenas. Acho legal o mais recente, o Karatê Kid. O Jackie Chan ensina a um rapazinho que sai dos Estados Unidos e vai para a China as artes marciais locais, o kung fu... Com isso, o garotinho, que é frágil, fica forte e supera os oponentes mais difíceis. Essa pode ser uma inspiração. Contra o Flamengo, somos o garotinho frágil que vai tentar surpreender e bater o grande.
Batizado logo no início da carreira, Helderlan não é daqueles que se incomodam com o apelido. Muito pelo contrário.
- Foi muito bem-vindo. Desde que recebi o apelido fiz boas campanhas no estado do Ceará. Só me deu sorte. Não tenho do que reclamar.
Sorte que Jackie Chan espera ter mais uma vez diante do Flamengo. Membro de uma equipe com folha salarial de R$ 80 mil e gastos mensais de R$ 100 mil (valor mais de dez vezes menor do que a remuneração apenas de Ronaldinho Gaúcho), o Horizonte sonha repetir feitos como o do Santo André em 2004, campeão da própria Copa do Brasil sobre o Rubro-Negro em pleno Maracanã.
Para provar que esse desejo pode, sim, se tornar realidade, o “atacante oriental” apela para umas das máximas do futebol, mas admite que nem só a vitória interessa aos cearenses no Engenhão.
- A partir do momento que são 11 contra 11, tudo fica igual. Não é igual o número de torcedor, o salário, mas quando a bola rolar tudo pode acontecer. Vamos tentar surpreender para ao menos marcar um gol, de repente conseguir um empate e, quem sabe, até a vitória.
Planos ousados para um modesto clube do interior do Ceará. Não para quem tem Jackie Chan.
Fonte: Flamengo.com.br
Fonte: Flamengo.com.br
Por Joulle
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