Dirigentes do Santos encararam as críticas que a diretoria recebeu de Paulo Henrique Ganso ontem como o início do roteiro que levará o jogador a bater o pé para ser negociado no meio do ano. Mas falam em segurá-lo mesmo assim, de cara amarrada, se isso acontecer.
Já vimos esse filme muitas vezes. O jogador começa a reclamar, aparece uma proposta e, depois de muita discussão a diretoria se isenta de culpa perante a torcida, lamenta a situação e faz a venda. Mas no fundo dá graças a Deus por ter entrado dinheiro no clube. No caso de Ganso, o presidente do Santos, Luís Álvaro, garantiu ao Conselho que o atleta só sai com o pagamento da multa. Acredito que essa seja mesmo a vontade dele. Mas a promessa é difícil de ser cumprida.
O presidente escolheu expressões elegantes para responder ao jogador por meio de uma nota oficial. A fidalguia não o impediu de mandar seu recado. Disse que Ganso já recebeu um aumento considerável e negou ter abandonado o meia durante a recuperação de contusão.
Não conversei com o jogador. Porém, creio que ele não agiu pensando em preparar o terreno para a sua saída. Também não precisei falar com Paulo Henrique para concluir que o Santos terá que melhorar muito o plano de carreira oferecido para que a negociação seja concretizada.
Pela proposta atual, ele teria que dividir com o clube as receitas de seus contratos de publicidade. E o aumento proposto não compensaria essa divisão. O atleta passaria a receber R$ 40 mil a mais do que ganha entre salário e direito de imagem. Chegaria a R$ 150 mil, sem a receita de marketing. Menos da metade dos cerca de R$ 400 mil mensais de Elano.
Por essas e outras, a cada dia, acredito menos na permanência de Ganso na Vila a partir do segundo semestre deste ano.
Fonte: Blog do Perrone
Por Joulle
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