sexta-feira, novembro 26, 2010

THIAGO BRAZ TEM BOM FUTURO NO SALTO COM VARA, ACREDITA TÉCNICO UCRANIANO

No entanto, Vitaly Petrov alerta que jovem precisa se dedicar para conquistar resultados 

SÃO PAULO - Aos 16 anos, o brasileiro Thiago Braz é a nova aposta do técnico ucraniano Vitaly Petrov no salto com vara. Em clínica ministrada para os melhores atletas do esporte em São Caetano do Sul (SP), entre 23 e 27 de novembro, o atleta aproveita para absorver conselhos do estrangeiro.
"Com ele [Petrov] aqui é bem mais fácil, veio nos ajudar. É sempre bom ouvir conselhos, dá mais empolgação. O Elson [Miranda, técnico] me repassa as coisas que ele fala porque eu não entendo muito de inglês. Mas se continuar nesse ritmo, a gente consegue chegar num resultado bom", afirma Braz, tímido.
O ucraniano até compara o início de carreira do brasileiro com o do aposentado campeão olímpico Sergey Bubka (atual vice-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) e membro do COI, o Comitê Olímpico Internacional), o qual orientou desde os 10 anos de idade. Só reforça: é preciso dedicação.
"Quando encontrei o Sergey, sabia que ele tinha talento. Depois de dois, três anos de treinamento vi que era o que ele queria e coloquei meu coração para desenvolver seu potencial. O Thiago segue no mesmo caminho", ressalta.
Petrov também conta que o garoto arrancou elogios de Bubka quando conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura. "O Sergey me disse que via no Thiago a minha técnica, a minha escola. Ele estava em condições adversas, não tinha nenhum técnico por perto, teve de fazer sozinho os próprios ajustes e no dia ainda choveu, mas mesmo assim ele conseguiu um grande resultado", comentou.
Para o técnico ucraniano, Braz tem potencial e reais chances de sucesso. Só prefere ser cauteloso nas projeções. "Thiago pode evoluir. Se ele trabalhar direito, colocando o esporte como prioridade. Ele é muito jovem e ainda não podemos falar tanto do talento dele, é preciso ver os resultados que ele alcançará no futuro. Ele ainda vai ter que trabalhar muito", avalia.
Fonte: Estadão.com.br
Por Joulle

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