Os jogadores estão com quatro meses de salários atrasados e podem não entrar em campo
Campinas, SP, 22 (AFI) - Quando todos esperavam que o Guarani viveria outros momentos após a cassação do presidente Leonel Martins de Oliveira na madrugada desta terça-feira, os jogadores surpreenderam e deram mais uma notícia bombástica para os torcedores. Com quatro meses de salários atrasados, o elenco não descartou a possibilidade de não entrar em campo no próximo sábado, diante do Goiás, às 17 horas, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Nesta tarde, os jogadores se reuniram com representantes do Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo (Sapesp) e convocaram uma entrevista coletiva. O porta-voz do elenco foi o atacante Fabinho, ídolo da torcida bugrina e um dos atletas com mais tempo de clube, que apenas se pronunciou e não respondeu nenhuma pergunta da imprensa.
De acordo com Fabinho, os jogadores irão treinar normalmente durante a semana, mas deixou claro que existe a possibilidade de não entrarem em campo diante do Goiás, na partida que irá decretar a permanência do Bugre na Série B ou o rebaixamento. O elenco aguarda uma posição da diretoria até sexta-feira para decidirem o que irão fazer.
"Esperamos que até sexta-feira alguém possa nos passar uma parte, seja diretoria ou empresários. Não dá para esperar mais. Vamos treinar durante a semana, mas a gente não garante que vamos entrar em campo. Se depender de nós não vamos cair, mas agora estamos em outra situação", destacou Fabinho. Ao lado do atacante, na sala de imprensa do Guarani, estavam todos os outros 23 jogadores.
Caso os jogadores realmente entrem em greve, o Guarani deve entrar em campo contra o Goiás com juniores, aumentando ainda mais o drama da torcida bugrina, que ainda convive com o perigo iminente de rebaixamento.
Com 49 pontos, o Guarani se encontra na 13ª colocação e precisa de um simples empate para se garantir na Série B. O time campineiro será rebaixado apenas se perder para o Goiás e acontecer uma combinação improvável de resultados, como pelo menos um empate do Paraná, além de vitórias de ASA, São Caetano e Icasa.
E se tiver greve?
De acordo com o artigo 63 do regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 2011, "nos casos em que uma equipe se apresentar com menos de sete atletas ou ficar reduzida a menos de sete, após iniciada a partida, o clube correspondente perderá a quota da renda que lhe caberia, além de sofrer uma multa de R$ 10.000,00, aplicada pela CBF, sem prejuízo de sanções previstas no CBJD".
De acordo com o artigo 63 do regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 2011, "nos casos em que uma equipe se apresentar com menos de sete atletas ou ficar reduzida a menos de sete, após iniciada a partida, o clube correspondente perderá a quota da renda que lhe caberia, além de sofrer uma multa de R$ 10.000,00, aplicada pela CBF, sem prejuízo de sanções previstas no CBJD".
Já o artigo 65 diz: "No caso de uma equipe não se apresentar em campo para uma partida previamente programada, o seu adversário será declarado vencedor pelo placar de três a zero". Vale lembra que se isso acontecer, o caso será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Fonte: CBFS
Por Joulle
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