Aos 13 anos, atleta tenta se adaptar à saudade para seguir sonho de ser profissional
Gustavo Regolão |
Credenciado pelo título das Olimpíadas Escolares 2011, para atletas de 12 a 14 anos, o time de basquete masculino do Colégio Amorim parece pronto para seu novo desafio: campeã do torneio estudantil, a equipe vai representar o Brasil no Campeonato Sul-americano Escolar, que será realizado em Bogotá, na Colômbia, entre os dias 1º e 7 de dezembro. Mas um jogador do elenco precisava mais do que os treinamentos como parte da preparação.
Com saudades de casa, o ala Gustavo Regolão, de 13 anos, por pouco não abandonou o time em João Pessoa (PB), durante as Olimpíadas Escolares. Com o apoio da família e dos companheiros de equipe, ele conseguiu aguentar os sete dias longe de São Paulo e acabou conquistando a medalha de ouro na divisão especial de basquete do evento.
- Foi no início, um dia antes de começar (a competição). Liguei para mainha, meus amigos também falaram para eu ficar, pois senão o time não ia conseguir jogar direito. Sem um jogador ia fazer diferença. E valeu a pena continuar até o final - contou o jogador, que começou a praticar basquete após acompanhar os treinos do irmão Leonardo, de 15 anos.
Só que a classificação para o Sul-americano Escolar fez voltar as atenções para o atleta. Afinal, se João Pessoa (PB) está a cerca de 2.700 km de São Paulo, Bogotá, na Colômbia, está aproximadamente a 4.300 km de distância da capital paulista. Mas Regolão garante ter aprendido a lição e espera que a saudade não lhe atrapalhe novamente.
- Vou ter que superar de qualquer jeito, senão não vai dar certo. Eles (familiares) falaram para eu ficar calmo, que nada ia acontecer. Agora estou mais tranquilo. Vai ser bem interessante, uma nova experiência e que tudo corra bem. Espero que a gente volte com o título - projetou o ala, que, na ocasião, vai fazer a sua primeira viagem para fora do país.
A data com destino rumo à Colômbia está marcada para o dia 30 de novembro, véspera da abertura do torneio. Mas os adversários e seus esquemas táticos ainda são uma incógnita para o time do colégio paulista, estreante na competição.
- Não conhecemos muito bem. Ano passado o Brasil fez a final (no basquete) com a Venezuela no mirim e perdeu. É o que a gente tem de informação. Além da Venezuela, que tem um time muito forte, a Argentina, o Uruguai... São países que tem tradição no basquete. Esperamos um nível muito alto e temos que estar preparados - afirmou o técnico da equipe, Márcio Izidro.
Mesmo esperando por dificuldades, o treinador mostra confiança no grupo, que foi soberano nas Olimpíadas Escolares e venceu a final por 39 pontos de vantagem.
- Serão os mesmos garotos. Vai ser uma premiação para eles e seria inviável trocar alguém. (O time está junto) Desde fevereiro. Fizemos alguns amistosos e eles pegaram conjunto. Apesar de serem de clubes diferentes, dentro da escola eles têm um entrosamento muito bom. Se formos focados para isso, nosso objetivo é ser campeão - ressaltou Izidro, que já planeja outros amistosos para a equipe até dezembro.
Além do basquete, as outras modalidades que representarão o Brasil no Sul-americano são: atletismo, natação, xadrez, tênis de mesa, judô, futsal, handebol e vôlei. Durante o torneio, as delegações das escolas participantes receberão apoio financeiro do Ministério do Esporte por intermédio da Confederação Brasileira do Desporto Escolar-CBDE.
Fonte: GloboEsporte.com
Por Joulle
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