quinta-feira, dezembro 02, 2010

BOLEIROS ADEREM À MODA DA PULSEIRA ENERGÉTICA POR ESTÉTICA E "EMBALO"

A pulseira virou moda nas academias brasileiras há um ano. Já é usada há meses por atletas de diferentes modalidades em outros países. No entanto, só recentemente a Power Balance se tornou mania entre os jogadores de futebol de grandes clubes brasileiros. E boa parte deles não quer saber das promessas energéticas: aderiu ao produto por estética e para seguir a “onda” dos companheiros.
“Usei isso mais porque o pessoal usava mesmo. O Rodrigo Alvim falou e eu coloquei. Mas não tem nada de equilíbrio. Sobe em cima do poste para ver se ela vai te dar equilíbrio... Estou usando mais pela boniteza mesmo”, resumiu o flamenguista Val Baiano.
O ciclo de adesão geralmente começa com um jogador que ganha a pulseira. Ele começa a usar, os outros jogadores ficam curiosos e alguns também compram. Aí a onda se espalha. A versão original, importada, custa cerca de R$ 120.
O Santos foi uma das equipes que mais encomendou a pulseira. Mais de dez profissionais utilizam o produto, além de outros que já deixaram a Vila Belmiro, como Robinho, Dorival Jr. (hoje no Atlético-MG) e André.
No Corinthians, a lista tem nomes como Ronaldo, Jucilei e Dentinho. “Tenho duas pulseiras, uma delas foi a neta do Lula quem me deu. Eu uso duas pulseiras por modinha mesmo”, comentou o jovem atacante.
Outros times com boas campanhas no Brasileiro também viram muitos jogadores recorrerem ao utensílio. O líder Fluminense já perdeu alguns adeptos (Muricy Ramalho, por exemplo, deixou de usar), mas ainda há jogadores com a pulseira, como Washignton, Fernando Bob, Júlio Cesar, Fernando Henrique e Marquinho.
Na briga por vaga na Libertadores, os gremistas Gabriel, Souza, Vilson, Mário Fernandes e Fábio Santos aprovaram o produto. Para eles, contudo, a relação com desempenho é nula. Nenhum soube explicar as razões propagadas pelo criador da Power Balance.
“Não sei bem para que serve. Vi o Gabriel usando, achei bonito e peguei uma para mim. O pessoal fala que é para o controle, mas não sei mesmo”, disse Fábio Santos. Também no Sul, o experiente Índio, do Inter, foi tão sincero quanto o rival. “Não senti diferença. Uso porque a galera fala que é bom”.
Segundo a empresa norte-americana responsável pelo produto, a pulseira trabalha com o campo de energia natural do corpo humano e proporciona mais equilíbrio, força e flexibilidade. Não há comprovação científica de seus resultados. Aqueles que a usam creditam os efeitos ao fator psicológico.
É o caso de Fernandão e seu lado “zen”. “Ganhei de presente da minha esposa. Ela tinha lido algo a respeito e começou a usar. Eu também li e passei a usar. Acho que vai muito da parte mental da pessoa, de acreditar. Se não for assim, não tem nem por que usar. Eu procuro um equilíbrio entre o corpo e a mente, mas não um equilíbrio físico, de tomar uma pancada e não cair”, explicou o são-paulino.
Fonte: UOL Esporte.com
Por Joulle

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